16/01/2011

Um pouco da história do motociclismo de São Paulo.

Meu pai Angelo Pagotti foi um pioneiro no motociclismo, desbravando as ruas pois circuitos não existiam!!! rzzrzz, corriam nas ruas, circuitos de rua em Santos e Parque do Ibirapuera, e outros. Sócio fundador do Guzzi Moto Club e Piratininga Moto club.
Valeu ANGELIM !!!!!!!
 











11/11/2010

ANGELO PAGOTTI, ANGELO GAETA E EDGARD SOARES

ANGELO PAGOTTI COM DR. ANGELO GAETA (BARÃO)




Texto de Ricardo Pupo.
EDGARD SOARES..... A lenda do motociclismo brasileiro !
Senhor Velocidade !
Nascido em 1928, já fazia passeios de moto com o pai "seu" Francisco e sua mãe , Dona Maria, numa Harley 1927 com sidecar.
Sua família sempre foi ligada em motos.
Seu tio , que com a morte de seu pai, iria se tornar seu tutor, era ninguém mais do que Felipe Carmona !
Aos 7 anos, seu pai lhe deu uma minimoto, construida por ele mesmo.
Quando seu pai morreu, foi trabalhar na oficina do tio, na R. Barão de Limeira, onde se localizava o grande centro das motocicletas !
Lá, Edgard aprendeu muito, e aproveitava para "emprestar" algumas motos para passear no sábado à noite e no domingo !
No ano de 1944 , aos 16 anos, com a ajuda do tio Carmona e de Angelo Gaeta, inicia sua carreira de piloto !
Na corrida de estréia, pilotando uma Matchless 350 cc , Edgard venceu !! ... e acabou Campeão naquele ano !!Prova de rua em Santos.
Com pilotagens fantásticas, e um estilo agressivo, foi campeão paulista na categoria 350 cc até 1948, quando passou a correr com uma Norton 500cc.
Aí, foi campeão em 49, 50 e 51 na categoria 500cc.
Com sua Norton 500 numa prova de rua em S. Caetano (SP)
Com sua BSA 500 ( estilo trail ! ) nº 46, em prova de rua , na Av. 9 de julho, em S.Paulo, em 1947
Seu estilo sempre foi de "andar mais do que a moto", como êle mesmo define ! Só não chegava na frente se a moto quebrasse !!
Sua carreira de piloto foi até 1958 !
Neste ano, começou um período negro para o motociclismo brasileiro com o fechamento das importações.
Ficamos com motos velhas (Jawas, Leonettes, Lambretas, etc..), o que fez com que muita gente parasse de correr
Em 2004, por problemas de uma parada cardíaca, Edgard ficou por mais de 2 anos em coma profundo, vindo a falecer em 10 de novembro de 2006.
Essa é uma pequena e justíssima homenagem a este que foi sem dúvida um dos maiores nomes do motociclismo brasileiro !
Por Ricardo Pupo
* 1928 + 2006

30/04/2010


Um pouco da história do motociclismo de São Paulo.

COMPETIÇÕES

2ª Prova do Campeonato Paulista
Circuito Fechado da Avenida Afonso Pena
Santos - SP
Promovida pelo Santos M.C.
1949

Esta é para os mais velhos, que viveram um tempo bem diferente das competições, onde tudo era mais improvisado, mais perigoso, com máquinas mais rústicas, onde a coragem e arrojo dos pilotos era a tônica do espetáculo.
O texto é o original, com expressões e gírias típicas da época.
Fonte: Revista Motociclismo nº 5 de nov / dez de 1949.
Texto de Wilson Fittipaldi
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Sob um calor causticante, foram disputadas no dia 27, as provas em prosseguimento ao Campeonato Paulista de 1949. A organização coube ao Santos Moto Clube, que apesar do atraso de hora e meia para o início das corridas, soube proporcionar ao povo santista, fã do motociclismo, um espetáculo bom, principalmente na classe de máquinas especiais. As outras categorias foram despidas do sensacionalismo a que estão acostumados os adeptos desse arrojado esporte, devido, principalmente, ao pequeno número de participantes e o elevado número de desistentes. Afora isso, nas categoria 500 cc Especial os pilotos fizeram a enorme assistencia de 15.000 pessoas ter momentos de entusiasmo e expectativa.
O local das corridas, já conhecido pela maioria dos pilotos, foi o mesmo de outras provas disputadas no após-guerra, formado pela Av. Afonso Pena, Rua Osvaldo Cruz, Rua Lôbo Viana, Av. Siqueira Campos ou do Canal, e novamente Av. Afonso Pena, formando aproxiamadamente um quadrilátero desigual, medindo 2.000 metros.

O desenrolar das provas:
Aproximadamente às nove e trinta, foi dada a largada para as máquinas de pequena cilindrada (250cc) as quais percorreram 15 voltas no circuito, na distância total de 30 quilometros.
Latorre desde o início tomou a dianteira, mantendo-se na primeira colocação até o final. O único piloto com possibilidades de oferecer alguma luta ao vencedor era Joaquim Alves, vencedor da 1ª prova do campeonato, o qual no entanto foi traído por sua máquina. Apresentando sérios defeitos, foi perdendo terreno até o momento em que abandonou a prova.
Sebastião dos Santos, outro que poderia acirrar a disputa, também desistiu logo após a largada, e finalmente Pio Pastore, representante do Serra Negra Moto Clube, caiu numa das curvas, sem graves consequências.
Dessa forma, ficaram disputando a prova Latorre, folgadamente na primeira colocação, e Alfredo Faletti, do Santos Moto Clube, na segunda, sem mais ninguém na pista. Tivemos assim uma corrida de campeonato sem interesse algum, sem nenhum lance que pudesse tirar poucos aplausos por parte do numeroso público assistente.
Resultado da classe 250 cc
1º - Luis Latorre - São Caetano Moto Clube - Guzzi - 30 Km em 26'49" - volta mais rápida (2ª) em 1'37" média de 74,2 km/h
2º - Alfredo Faletti - Santos Moto Clube - Jawa

A prova para máquinas de 350 cc e 500 cc
Após um intervalo de mais de vinte minutos, foi dada a largada para as classes de 350 cc e 500 cc, numa única prova, com classificação em separado. Tivemos nessas categorias o mesmo desenrolar da classe 250 cc. Dos muitos inscritos, poucos compareceram e ainda menos terminaram.
A única alteração foi a pequena luta travada entre Gaeta e Pagotti nas máquinas 350 cc. Nada mais que uma mudança de colocação. Gaeta liderou até aproximadamente o meio da corrida, cedendo depois o primeiro posto a Angelo Pagotti. Sómente os dois disputaram a categoria 350 cc, dos seis que estavam inscritos.

Gaeta, à direita, felicita Angelo Pagotti, que o sobrepujou na prova de 350 cc
Resultado da classe 350 cc
1º - Angelo Pagotti - Piratininga Moto Clube - Velocette - 60 Km em 32'2".
2º - Angelo Gaeta - Centauro Moto Clube - DKW  - 32'13"
Para o desenrolar da categoria 500 cc, nada temos a falar. Repetimos apenas que a mesma decorreu num ambiente de monotonia, sem luta e quase sem novidade, pois o resultado obtido era esperado por todos, ou seja a vitória de Osvaldo Diniz.
Resultado da classe 500 cc
1º - Osvaldo Diniz - Piratininga Moto Clube - Velocette KTT - 60 km em 25'50"
2º - Artur Della Nese - São Caetano Moto Clube - Royal Enfield 
3º - Oliveiros Teixeira - São Caetano Moto Clube - Matchless 

A prova para máquinas especiais até 500 cc

Luiz Bezzi, ladeado pelo Prefeito de Santos, Sr. Rubens Ferreira Martins e Eloy Gogliano, Diretor desta revista, à esquerda, momentos antes da partida
Depois de uma espera de mais de 25 minutos, aproximadamente às 11 e 20 minutos foi iniciada a principal prova do programa, não só por se tratar de possantes máquinas de corrida, como também por contar com a presença dos mais destacados pilotos paulistas, todos imbuídos de uma vontade férrea de proporcionar um espetáculo digno de registro. 

Edvard Pacheco e seu fiel mecânico Fúlvio Crocce (Biriba) se preparando para a largada da 500 cc Especial
A corrida só não foi totalmente coroada de glória exclusivamente pelo elevado número de desistentes.
A luta entre os favoritos , Edgard e Caio, baluartes do motociclismo bandeirante, foi titânica, empolgante e honesta e deixou o público em crescente expectativa.
Ao ser baixada a bandeira preta e branca, Franco Bezzi em sensacional arrancada pulou na dianteira com sua BMW SS, fato esse que deixou a torcida santista delirar de entusiasmo, pois como se sabe, o filho do conhecido Bezzi é praiano. Caio Marcondes Ferreira que havia atrasado bastante na largada, ou melhor, na primeira volta, nas duas seguintes conseguiu recuperar o tempo perdido e passar para a liderança.

Nº 46 Edgard Soares, Nº 20 Edvard Pacheco, Nº 1 Luiz Bezzi, Nº 12 Orlando Guardino, e Nº 18 Osvaldo "Índio" Diniz 
O primeiro a desistir foi Franco Bezzi, que parou na quarta volta, por defeito na máquina. 
Tivemos então alguma voltas sem alterações com as seguintes posições: Edgard, Caio e Pacheco formando um bloco compacto, havendo entre eles pequena diferença, de poucos metros. Na quarta colocação e correndo com firmeza, vinha Luiz Bezzi, mais atrás Orlando Guardino, seguido dos pilotos Razzante e Osvaldo Diniz.

Nas primeiras voltas a ordem era: Edgard Soares (46), Pacheco (20) e Caio (15) 
Na 9ª volta, Orlando Guardino é o segundo a parar, também por defeito em sua máquina.
Na 13ª volta outra decepção para os santistas, com a desistência de Luiz Bezzi com sua Norton, por causa de um pneu traseiro furado.Somos da opinião que se Bezzi não tivesse parado seria possivelmente o segundo ou terceiro colocado.
Três voltas mais adiante, depois de espetacular derrapada e um pequeno tombo sem consequências físicas, parou Arnaldo Razzante, com sua veloz Guzzi-Dondolino. No entanto, depois de ficar no box por mais de 30 voltas e percebendo que no final da competição restavam somente três concorrentes, retornou à pista, conseguindo a quarta colocação, e um ponto para sua classificação geral no campeonato.
Assim, desde a 20ª até a 40ª volta, dos oito que largaram, sómente quatro continuavam na disputa, prosseguindo em escala cada vez maior a luta entre Caio e Edgard. 

Na curva do Canal, Edgard Soares vem à frente com Caio na sua "cola"
Por várias vezes a dupla passou a ser um trio quando dos dois ponteiros se aproximava perigosamente o jovem Pacheco. No entanto, poucas voltas depois, novamente escapavam Caio e Edgard, deixando para trás o popular "Escoteiro". Este, apesar dos seus esforços parou na 43ª volta, perdendo assim valiosos pontos para a conquista do título de campeão.
Foi aí que seu companheiro de clube, Caio Marcondes, ao notar a desistência de Pacheco, puxou mais e mais pela corrida, chegando a levar vantagem de mais de dez segundos sobre o valoroso Edgard.

Caio, na altura da 45ª volta, já se "despedira" dos demais
Nessa altura da prova, todos contavam com uma vitória certa do defensor do Centauro Moto Clube, quando, para o espanto geral, faltando poucas voltas para o término da corrida, começou a dar para trás, perdendo valiosos segundos por volta, o que permitiu a Edgard Soares ameaçar novamente a primeira colocação. 
O piloto do Piratininga, percebendo a situação, também puxou um pouco mais e conseguiu sobrepujar Caio, colocando-se na liderança até o final.

Edgard Soares vence Caio Marcondes nas últimas voltas
Tivemos na magnífica exibição desses dois rapazes, que são indiscutivelmente, no momento, os "maiorais" do nosso motociclismo bandeirante, um espetáculo que ficará gravado por muito tempo. Os dois correram como valentes defensores de seus clubes, procurando tudo fazer para conseguir aquilo que desejavam: as primeiras colocações na segunda prova do Campeonato Paulista de 1949.
Resultado da classe 500 cc especiais
1º - Edgard Soares - Piratininga Moto Clube - Norton - 120 km em 1h26'33" 
2º - Caio Marcondes Ferreira - Centauro Moto Clube - Norton - 120 km em 1h27'40" - recordista de volta, na 45ª tempo de 1'23" com média de 86,74 km/h.
3º - Osvaldo Diniz - Piratininga Moto Clube - Velocette KTT - 1h27'43"
4º - Arnaldo Razzante - São Caetano Moto Clube - Guzzi - Parou na 16ª volta e voltou na 49ª, completando a prova com 27 voltas.

Com a realização da segunda prova do Campeonato Paulista, os disputantes do magno certame estadual mantém a seguinte colocação:

Classe 250 cc
1º lugar - empatados com 8 pontos  cada - Joaquim Alves e Luis Latorre
2º lugar - empatados com 5 pontos cada - Sebastião dos Santos e Alfredo Faletti
3º lugar - Viviani Colombetti - 3 pontos 

Classe 350 cc
1º lugar - Angelo Gaeta - 13 pontos
2º lugar - empatados com 5 pontos cada - Luis Latorre e Angelo Pagotti
3º lugar - Moacir BoaVentura - 3 pontos
4º lugar - Rui simões Pinto - 2 pontos

Classe 500 cc
1º lugar - Osvaldo Diniz - 16 pontos
2º lugar - Artur della Nese - 8 pontos
3º lugar - Antonio Pinto Neto - 5 pontos
4º lugar - Oliveiros Teixeira - 3 pontos
5º lugar - José Cirilo - 2 pontos
6º lugar - Nadyr Colli - 1 ponto

Classe 500 cc Especiais
1º lugar - empatados com13 pontos cada - Edgard Soares e Caio Marcondes Ferreira
2º lugar - empatados com 5 pontos cada - Edvard Almeida Pacheco e Osvaldo Diniz
3º lugar - Arnaldo Razzante - 3 pontos

Classificação geral para os Clubes
1º lugar - Piratininga Moto Clube - 66 pontos
2º lugar - Centauro Moto Clube - 34 pontos
3º lugar - São Caetano Moto clube - 24 pontos
4º lugar - Santos Moto Clube - 5 pontos
5º lugar - Serra Negra Moto Clube - 4 pontos


Transcrição:  Ricardo Pupo
Abril / 2010



Valeu ANGELIM !!!!!!!

Velocette

1º Circuito Motociclístico do Parque Ibirapuera

São Paulo - SP

Promovida pela Federação Paulista de Ciclismo e Motociclismo

Junho /1949



Essa foi a primeira prova disputada no antigo Parque Ibirapuera, que era bem diferente do que conhecemos, o qual foi inaugurado apenas em agosto de 1954, para a comemoração do IV Centenário da cidade de São Paulo.

Era um circuito de rua, cheio das armadilhas e perigos característicos a esse tipo de competição.

Muitas outras provas foram disputadas no Ibirapuera, mas essa foi a primeira e seu registro histórico está nas páginas da rara revista Motociclismo (nº 1), a primeira publicação especializada do gênero do Brasil, iniciativa de Wilson Fittipaldi e Eloy Gogliano.

Vejam como foi ...

Fonte: Revista Motociclismo nº 1 de julho de 1949.
Texto de Wilson Fittipaldi


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Em 22 do mês passado, numa tarde ensolarada, as avenidas do Parque Ibirapuera, sempre silenciosas e convidativas aos passeios a pé, foram sobressaltadas pelo barulho ensurdecedor dos possantes motores das máquinas dos motociclistas bandeirantes.
Pela primeira vez, na história desse esporte em nossa capital, os dirigentes da Federação Paulista de Ciclismo e Motociclismo, após vários e difíceis obstáculos, levaram a efeito as corridas que eram aguardadas com ansiedade pelos fãs do esporte de Fuad.
A vontade dos adeptos do motociclismo, em verem essa prova, foi causada por vários motivos que originaram diversas polêmicas e os mais contraditórios pontos de vista.
Como se sabe, a organização das provas foi atravancada por ordens e contra ordens, com respeito à sua realização. A Federação se empenhou a fundo, recorrendo em última intância ao Diretor de Esporte, Cap. Sílvio de Magalhães Padilha, e este ao Governador, quando então, percebendo que os organizadores tinham o apoio do Executivo, a Diretoria do Serviço de Trânsito concedeu a devida licença.
Foi esta a principal causa da ansiedade despertada em todos, pois até a última hora não sabíamos com certeza se de fato a prova seria realizada.
O outro motivo que despertou a curiosidade foi o local escolhido. Para uns não servia, para outroa era ótimo.
Foram apontados pelas duas facções os prós e os contras, porém tivemos oportunidade de constatar que o local não é especial mas se adapta perfeitamente às provas de motocicletas.
As duas curvas na metade da avenida exigem sangue frio e perícia dos corredores, e os cotovelos terminais, calma e domínio absoluto sobre a máquina.
Dessa forma, em meio a todas as corridas, oriundas do meio, tivemos a realização do 1º Circuito de Motociclismo do Parque Ibirapuera.

Tudo ocorreu normalmente, salvo pequenos acidentes de pouca monta, notando-se porém a falta de diversos pilotos, todos categorizados e populares.
Cinco máquinas especiais deixaram de competir. Duas Norton Manx, de Felipe Carmona e Oswaldo Diniz, uma Guzzi Especial de Latorre, a Gilera de Cirilo e a pequena DKW de Eloy Gogliano.
Os motivos que levaram esses motociclistas a não participação são vários e sua explicações as mais diversas, o que, para uma explicação pormenorizada, necessitaríamos de outra revista.
No entanto, não deixamos de lançar nosso protesto contra esses elementos, pedindo aos mesmos que se tornem mais esportistas, se é verdade, como apregoam, que gostam do arrojado esporte.
Quem saba, para a próxima vez, eles, depois de meditarem com calma, compareçam com sua possantes máquinas, tornando certamente o espetáculo mais movimentado e bonito.
Da mesma maneira que falamos dos faltosos, não podemos deixar de elogiar a atitude de Bezzi, o veterano corredor santista, que dia a dia vem mostrando que indiscutivelmente é o maior motociclista do país, esportivamente falando.
O "vovô" sempre dá o ar de sua graça em todas as competições. É sempre o primeiro a inscrever-se e por inúmeras vezes o primeiro a chegar.
Quer com máquina especial ou máquina esporte, quer em circuitos perigosos ou fáceis, quer em S. Paulo, Santos ou outras cidades, Bezzi comparece sempre alegre e disposto, com o elevado espírito esportivo de participar em provas, não exclusivamente para vencer, mas com sua presença, com seu nome por demais conhecido no cenário motociclistico nacional e internacional, corre para ganhar ou perder, dando assim sua parte para a glorificação do esporte.
Parabéns Luiz Bezzi, e que o exemplo dado por você seja seguido por todos os motociclistas do Brasil.

O desenrolar das provas:
Aproximadamente às duas e trinta, com a presença do Governador do Estado, Exma. Senhora, comitiva oficial, representante do Cel. Ferlich comandante da Força Policial do Estado, em cuja homenagem foram realizadas as provas, foi dada a largada para a prova às máquinas 250 cc e 350 cc.
Somente quatro pilotos alinharam, dois para a categoria 250 cc, e dois para a categoria 350 cc.
Luiz Bezzi, com Moto Guzzi e Alfredo Faletti com Jawa, ambos do Santos Moto Club, e Angelo Pagotti com Velocette do Piratininga Moto Club, o qual ao lado de Hugo Moradei, pilotando uma CM Especial, disputaram a classe 350 cc.
Dada a largada tomou a dianteira o piloto da Velocette, seguido por Moradei, Bezzi e Faletti.
Na altura da 7ª volta, Pagotti, por defeitos mecânicos, perdeu vários minutos, perdendo a primeira colocação para Moradei, como também as demais para os outros corredores.
Partiu novamente em último lugar, recuperando somente um posto na classificação geral, obtendo assim o segundo lugar na sua categoria.


Angelo Pagotti

Bezzi desde o início firmou-se na primeira colocação na classe 250 cc e conseguiu o primeiro posto com a Guzzi cedida por Luis Latorre.
Resultado das classes 250 cc e 350 cc:
15 voltas, na distância de 45 km.
1º colocado 250cc - Luiz Bezzi - Santos Moto Club - Moto Guzzi Airone
2º colocado 250 cc - Alfredo Faletti - Santos Moto Club - Jawa
1º colocado 350 cc - Hugo Moradei - Centauro Moto Clube - CM Especial (tempo - 33'17" 2/5)
2º colocado 350 cc - Angelo Pagoti - Piratininga Moto Clube - Velocette


Após um rápido intervalo, tivemos a largada para as categorias 500 Esporte e 500 Especiais.
Sete participantes foram reunidos, sendo cinco na 500 Esporte e 2 na Especial.
Ao ser baixada a bandeira quadriculada toma a dianteira o estreante Edward Almeida Pacheco, para não mais perdê-la.


Largada da prova de 500 cc. O Governador Ademar de Barros foi o juiz de partida

Em segundo, Edgrad Soares, terceiro Bezzi, e os demais formando um compacto bloco.
Na primeira passagem pelo cronômetro, Orlando Guardino, pilotando uam AJS, não apareceu, correndo boato que o mesmo havia caído. De fato, os boatos foram confirmados imediatamente pois Guardino, ao contornar o "balão" do Ibirapuera, derrapou violentamente, sendo cuspido fora da máquina, caindo sobre um pequeno riacho.
Felizmente o acidente não passou de um grande susto e avarias pequenas para a máquina.
Na sétima volta, o representante do Velo Club de Santo André, Arnaldo Razante, por defeito em sua já cansada Matchless, foi obrigado a desistir da competição.
Assim, somente cinco corredores se mantiveram na pista até o término da prova.
Edward Pacheco, embora principiante, dominou a corrida de ponta a ponta, pilotando com a sobriedade e segurança de pilotos experimentados.


Edward Pacheco foi na primeira volta liderando a prova.
Ao fundo vê-se Edgard soares e Bezzi em luta.

Sua Norton Manx portou-se magnificamente bem, colaborando assim para a ótima vitória do defensor do Centauro Moto Club.
Em nenhuma das fases da corrida viu sua colocação ameaçada, o que após a prova o colocou em local destacado no cenário motociclistico nacional.
Os fãs do motociclismo aguardam uma próxima competição para assistir, possivelmente, a outro feito do jovem Edward Almeida Pacheco.


Edward Pacheco ao fazer a última volta, já vencedor absoluto da prova.

Pela metade do percurso total, Edgard Soares perdeu a segunda colocação para Luiiz Bezzi.


Edgard Soares atrasado na 500

Porém, lutando renhidamente, palmo a palmo foi conquistando o espaço perdido e durante várias voltas empolgou a assistência, quando manteve titânica luta com Bezzi.


Edgard Soares e Bezzi (nº1), em luta titânica para o 2º posto, ao fazerem uma curva

Num esforço supremo, conseguiu suplantá-lo classificando-se em segundo lugar na categoria Especial e primeiro na Esporte.
Resultado das classes 500 cc:
30 voltas, distância de 90 km
Categoria Especial
1º- Edward Almeida Pacheco - Centauro Moto Clube - Norton Manx - 56'9"
2º- Edgard Soares - Piratininga Moto Clube - Velocette 350 KTT - 56'50"
3º- Luiz Bezzi - Santos Moto Club - BMW RS
Categoria Esporte
1º- Edgard Soares - Piratininga Moto Clube - Velocette 350 KTT - 56'50"
2º- Angelo Pagotti - Piratininga Moto Clube - Velocette 350
3º- Hugo Moradei - Centauro Moto Clube - CM 250 Especial

Com esses resultados, chegamos ao fim do 1º Circuito Motocicístico do Parque Ibirapuera, provas organizadas e patrocinadas pela Federação Paulista de Ciclismo e Motociclismo.

Transcrição: Ricardo Pupo
Jan / 2011



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